Acabo de ler a seguinte notícia: "O corpo mumificado de uma mulher que morreu há seis anos na garagem de sua casa foi descoberto esta semana em Pontiac, no Estado americano de Michigan, divulgou nesta sexta-feira a imprensa local. O corpo estava no assento traseiro de seu veículo, licenciado em 2008, estacionado na garagem da casa, com as chaves ainda no volante. Foi achada por um funcionário do banco que tinha executado sua hipoteca... durante anos, os pagamentos foram feitos no vencimento, porque estavam em débito automático, mas um dia acabaram os US$ 54 mil que tinha em sua conta e, por não responder às advertências, o banco ficou com sua casa".
Meu Deus, esta mulher não tinha família, amigos, vizinhos, não trabalhava? Pontiac, a cidade em que vivia, tem 60000 habitantes. Ninguém sentiu sua falta no mercado do bairro, na farmácia de sua confiança, na padaria. Ela era de classe média e morava só, em zona urbana. Morava? Vivia?
Nunca senti tanta indiferença em uma notícia, em uma cituação. Sequer citam seu nome. A inesistente, a desemportante, a sem peso, transparente. Se ela tivesse um cão, ele latiria chamando a atenção de alguém. Mas, que pena, perto dela só haviam seres humanos. É como a Bíblia diz:"o amor da maioria se esfriará".
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