Assisti ontem no Palácio das Artes, em Belo Horizonte , a ópera Tosca de Giacomo Puccini. O elenco maravilhoso de solistas, tinha à frente a soprano Eiko Senda, o tenor Richard Bauer e o baixo barítono Stephen Bronk. Sem falar da participação primorosa do maestro Roberto Tibiriçá, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, do Coral Lírico de Minas Gerais e Coral infanto juvenil do Palácio das Artes.
A ópera baseia-se no duelo de sedução e sobrevivência entre a cantora lírica Floria Tosca e o Barão Scarpia. Ela, querendo salvar de qualquer maneira a vida de seu grande amor,o pintor Mario Cavaradossi, e ele querendo seduzi-la e realizar seu desejo. A ópera é também uma reflexão política sobre as relações de poder, hipocrisia e luxúria. A música, maravilhosa,é refinada e ao mesmo tempo contundente,oferecendo a atmosfera perfeita para a história, sublinhando a emoção de personagens muito bem construídos.
As árias “Recondita Armilia” e “Elucevan le stelle” cantadas por Cavaradossi, e “Vissi d'arte, vissi d'amore”, cantada por Tosca, são melodias com moradia certa nos corações dos amantes do bel canto e arrancaram aplausos emocionados da plateia no meio da cena.
Tosca, uma música maravilhosa, uma história política da época de Bonaparte, alcançou nada menos que o lugar de obra-prima no mundo da ópera. Vale muito a pena conferir.
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