Quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool. O número de óbitos chega a 2,5 milhões por ano, mais do que os provocados pela violência, Aids e tuberculose. A dependência, muitas vezes, só é percebida quando a bebida se torna motivo de faltas ao trabalho ou de contrangimento social. Os números foram divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de fevereiro.
Publicação lançada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo em 23 de fevereiro defende que as grávidas não consumam álcool, mesmo moderadamente. A abstinência também é recomendada pela OMS. Estima-se que de 20% a 40% das gestantes consumam bebida alcoólica. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Conceição Segre, o álcool ingerido ultrapassa a barreira placentária e se acumula no líquido amniótico. Também atinge o feto pelo sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio.
O álcool consumido por uma mulher grávida tem grande possibilidade de atingir o feto, levando-o a apresentar várias alterações em órgãos do corpo, bem como desordens de comportamento, que não têm cura, e que são conhecidas como Síndrome Alcoólica Fetal ou pela sigla ‘SAF’.
Criança portadora de SAF |
Bebês que nascem com SAF podem ter alterações na face, no sistema nervoso (responsável por retardo mental), no coração e em outros órgãos, além de peso abaixo do normal, problemas motores, de aprendizagem, de memória, de fala, de audição, de atenção e para a resolução de problemas.
Muito boa matéria. Num mundo onde beber virou sinônimo de "fuga dos problemas", é importante prestarmos atenção ao verdadeiro lugar da bebida e pensar nas gerações futuras.
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