Aldi Rizal, o menino indonésio de 2 anos que, segundo sua família, fumava cerca de 40 cigarros por dia conseguiu parar de fumar, após um intenso tratamento médico, por seis meses, em um centro médico de Jacarta, capital da Indonésia. Aldi Rizal chocou o mundo quando um vídeo em que aparecia fumando cigarros foi publicado na internet em maio e chamou a atenção para as falhas do país asiático em regular a indústria do tabaco.
O caso do garoto chamou a atenção para os perigos das agressivas campanhas de marketing da indústria do tabaco voltada a mulheres e jovens em países em desenvolvimento como a Indonésia, onde a fiscalização é fraca e muitas pessoas desconhecem os males do cigarro. O consumo de cigarro no arquipélago no sudeste da Ásia atingiu cerca de 47% da população nos anos 90, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Na Indonésia, uma em cada quatro delas já teve contato com o cigarro. E em Portugal, no Vale de Salgueiro, ao norte do país,as crianças também fumam devido a uma tradição que libera o cigarro para elas uma vez por ano durante a festa de Folia de Reis, em janeiro.
Como se não bastasse as crianças, o vício chegou aos animais. Shirley, um orangotango fêmea de 25 anos, disputa com seu parceiro as pontas de cigarro jogadas por visitantes e ambos vivem em situação precária no Johor Zoo, de acordo com testemunhas. Ambientalistas que visitaram o zoológico sem se identificar dizem que Shirley tem mudanças radicais de humor. Algumas vezes parece drogada, outras, fica muito agitada, como se estivesse sofrendo com a falta de cigarros. Os Zoológicos da Malásia já sofreram graves críticas pela forma como os animais são mantidos, incluindo jacarés que vivem em áreas sem água e leões e tigres que ficam presos em pequenas jaulas. Alguns zoológicos do país também foram flagrados com orangotangos capturados de forma ilegal, segundo a ONG.
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