Um levantamento feito com base em informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, mostrou que, de 1992 a 2007, o uso de colutórios no país cresceu 2.277%. A população aderiu às propagandas atraentes.
Ao contrário da pasta, da escova e do fio dental, o colutório ou enxaguante não deve ser de uso indiscriminado. Suas principais indicações são: Pós cirúrgicas, raspagens de dente, casos de alta incidência de cáries, doenças da gengiva e para pessoas que não tem coordenação motora para realizar uma boa escovação. Do ponto de vista da higiene bucal, é desnecessário. Quem tem boa higiene bucal geralmente não tem halitose e, se tiver, não será o colutório que resolverá o problema.
O uso frequente de enxaguantes bucais com álcool aumenta o risco de câncer de boca e de faringe. Uma revisão científica publicada na revista da
Academia Dental Australiana , compilou estudos do mundo todo que concluíram esta relação. O produto tem álcool não por ser antisséptico e sim por ser um veículo muito barato. Algumas marcas chegam a ter 26% de álcool em sua formulação. Existem produtos sem álcool no mercado, com preço um pouco mais elevado.
Você acha mesmo que o enxaguante vai deixar seus dentes assim? |
Uma boa notícia é que as concentrações de álcool utilizadas nos colutórios não são suficientes para serem detectadas em uma blitz, já que o álcool só passa para o ar dos pulmões após ser absorvido pelo organismo e levado para o sangue e após o bochecho o usuário cospe a substância.
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