terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não Tão Seguro





Um  relatório  do  Centro  de  Investigação  e  Prevenção  de  Acidentes Aeronáuticos revela que, no dia 17 de junho, um Airbus A319 da TAM teve de voar sem instrumentos depois de bater num balão, 6  minutos  após  a decolagem do Aeroporto Santos Dumont, a cerca de 10 mil pés de altitude (mais de 3 mil metros). O artefato obstruiu um dos pitots do Airbus A-319, sensor que transmite informações sobre altitude e velocidade. Mas os pilotos perceberam que estavam sem nenhuma informação válida na cabine e, com o desligamento do piloto automático e a claridade do dia, conseguiram manter o avião manualmente até o pouso no aeroporto de Confins, em Minas Gerais.




O Airbus A-319 enfrentou situação parecida à do AF 447 , Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico, em 1º de julho de 2009, deixando 228 mortos. No Airbus A330 da Air France, a  falha  nos  sensores  ocorreu  por causa do congelamento dos pitots, durante uma tempestade a 35 mil pés (mais de 10,6 mil metros). Os pilotos tinham pouca visibilidade também por ser de madrugada (2h14). O incidente com a TAM aconteceu numa manhã de sol, e os pilotos possuíam referências visuais e conseguiram assim realizar o pouso.





O chefe do Cenipa, Brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, considerou o incidente como grave e enviará nesta semana  à  Secretaria  Nacional  de Segurança Pública (Senasp) um pedido para que as secretarias de segurança dos estados tomem providências para evitar a prática de balões próximos a aeroportos. Só em 2010 foram reportados pelos pilotos de avião civil mais de 100 casos de avistamento de balões próximo a aeroportos. O maior registro é em Cumbica (52 casos), seguido de Viracopos (27), Galeão (19) e Congonhas (18).É a alta tecnologia de mãos dadas com a fragilidade. Voar não é tão seguro!







quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ELETROTERAPIA NOS TRILHOS





Dezenas de moradores da periferia de Jacarta, capital da Indonésia, têm usado um método pouco convencional no tratamento  de  doenças como diabetes e hipertensão. Mesmo sob o risco de serem presos, eles se deitam na linha do trem e apoiam braços e pernas para receber a corrente elétrica que passa pelos trilhos. A maioria diz que tomou essa decisão porque não consegue atendimento na rede pública  nem  tem  dinheiro  para  comprar remédios. Não há nenhuma evidência de que a “eletroterapia” faça efeito; sem contar a ameaça constante de atropelamento.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PAVÃO MISTERIOSO





Do Zoológico do Central Park para a liberdade nas ruas de Nova York. Ha dez dias, um pavão voou sobre a cerca do aviário do parque, pousou em algumas árvores na rua, passeou nas calçadas e, por fim, se aboletou na janela de um apartamento na movimentada Quinta Avenida. Virou atração instantânea. Os biólogos do zoo monitoraram o passeio, sem tentar capturar a ave. Vinte e uma horas depois, às 6h45 da quarta-feira, o pavão voltou sozinho para o aviário – a tempo do café da manhã, que em New York é uma maravilha.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

FETICHE, GLAMOUR E PERIGO



Espartilho, uma peça do vestuário feminino que atravessou séculos e fez história, passando de verdadeiro símbolo de opressão feminina a peça de fetiche. Dispõe de barbatanas metálicas e amarração nas costas que tem como objetivo reduzir a cintura e manter o tronco ereto, controlando as formas naturais do corpo e conferindo a ele mais elegância. Surgiu por volta do século XVI,como peça do vestuário feminino, possuindo barbatanas metálicas formando uma armação nas costas para manter a postura e dar suporte aos seios. Somente por volta do século XIX, graças a invenção do ilhós e o uso de barbatanas de baleia, que a atenção foi voltada para a cintura e teve início a era das cinturas minúsculas, conhecida como era Vitoriana.






A peça caiu em desuso no início do século XX quando foi inventado o sutiã. Nos anos 40 ela foi usada pelas Pin-ups e inspirou Christian Dior, que criou o New Look. Nos anos 60 o espartilho se tornou um acessório do fetiche e até hoje é muitas vezes usado como apelo sexual. Hoje, famosas vestidas com exemplares glamourosos desfilam na televisão, aparecem em ensaios de moda, shows e festas badaladas.

Essa prática pode trazer muitos riscos à saúde. Quem recorre hoje ao uso do espartilho acredita que, ao usar a peça apertada sobre o corpo, poderá manter a postura ereta e terá mais êxito nas dietas, pois, com o estômago pressionado, não conseguirá comer muito. Algumas afirmam que dá para perder de 6 a 10 centímetros de cintura ao usar o acessório por um período mínimo de 8 horas diárias, durante 4 a 6 meses. Referem que esta perda é possível porque a peça faz pressão nas costelas flutuantes, que são os dois últimos pares e as únicas que não se unem na frente como as demais, possibilitando como que moldá-las.





As costelas flutuantes realmente não são fáceis de quebrar por estarem presas apenas na coluna vertebral. Mas elas são assim justamente para não comprimirem o abdome e para protegerem os órgãos vitais. Sua compressão certamente afetaria a capacidade respiratória e diminuiria a circulação, podendo trazer problemas de saúde que vão se um simples edema de membros inferiores a trombose, pneumonia de estase e incompetência da musculatura dorsal por ficar imobilizada por longos períodos.

domingo, 14 de agosto de 2011

Tudo em Você foi Fullgas






Fui ao Citibank Hall Sp ontem (13/08),pra ver o novo show de Marina Lima, Clímax, em apresentação única, porque se é Marina é coisa boa. Assisti um show com formato acanhado e displicente, que mostrou uma Marina longe de momentos como“Fullgas”,“Nada por Mim”,“A Francesa”, e “ Uma Noite e 1/2”.



Com uma iluminação menos que  básica, a  projeção  num  “tapume”  que compunha o fundo do palco não funcionou. Cantou músicas novas, menos felizes e os sucessos antigos interpretou com uma roupagem tão diferente que impossibilitava a plateia de lhe acompanhar, desta forma, não aquecendo o público.





Marina ontem


 
O show ficou muito aquém desta cantora e compositora que se impôs pela interpretação e originalidade, tornando-se um dos maiores nomes da música pop brasileira. Não faltou  de  sua  parte  agradecimentos carinhosos  pela presença do público, como sempre faz. Mas o clímax, ela ficou devendo. Foi difícil se empolgar. No fim do show, pensei na intimidade que há entre o mar e uma marina e conclui que a cantora não fez  jus  ao  sal  que  seu  nome carrega... encontrei uma Marina isopor.


Marina ontem


Saí à francesa...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MENOS SÓDIO









Você sabia que o consumo de sódio se dá mais pelos alimentos industrializados do que pela adição de sal à comida? Até achocolatados, dietéticos e refrigerantes podem ter alta concentração de sódio. A industria brasileira vai diminuir o teor de sódio em 16 categorias de alimentos. Massas instantâneas e bisnaguinhas serão os primeiros, com redução de até 30% de sódio em 1012. O compromisso foi firmado com o Ministério da Saúde em abril.




Como um hábito alimentar é muito difícil de ser modificado, a saída é ter uma alimentação saudável desde a infância. O sódio não é o único tempero culinário, portanto devemos usar outros temperos que inclusive são benéficos à saúde:



  • ALECRIN: Atua como digestivo e diurético
  • ALHO: Auxilia na melhora do sistema imunológico, reduz o colesterol ruim (LDL), aumenta o colesterol bom (HDL) e previne contra o câncer.
  • CEBOLINHA: Possui ferro e vitamina A (boa para olhos e pele) e C, que reforça a resistência contra gripes e resfriados .
  • GENGIBRE: Possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias e auxilia na digestão e no tratamento de enjoos na gestação. É tempero termogênico, responsável por até 10% do aumento do metabolismo.
  • HORTELÃ: Possui vitaminas A, C e do complexo B, além de cálcio, fósforo, ferro e potássio. No chá, funciona como diurético digestivo contra dores de estômago. Combate vermes intestinais.
  • Manjericão: Possui ação diurética.
  • TOMILHO: É digestivo, vermífugo e estimulante .

terça-feira, 2 de agosto de 2011

EU SENTI A PERFEIÇÃO









Nem eu mesma acredito que assisti o “Cisne negro”apenas neste fim de semana. Sem dúvida é um filme que desperta fortes emoções, por desnudar uma difícil e angustiante relação entre mãe e filha, por mostrar uma relação cruel que o balé impõe a bailarina e seu corpo e ainda por se desenrolar de forma que nem o espectador, nem a personagem principal conseguem distinguir a realidade do delírio.




 
A protagonista é uma garota tiranizada pela mãe e pelo diretor teatral e não consegue se defender porque dentro de sua personalidade não cabe uma mulher agressiva. Cabe apenas uma menina. Nina é parte do desejo materno, de uma mãe frustrada que abandonou a carreira de bailarina para ter sua filha e é nela que irá depositar todos os seus desejos impondo a filha um conceito de perfeição que ela própria não conheceu em sua carreira frustrada.



 
Um quadro clássico de narcisismo. Narciso olha no espelho d'água e se apaixona pela própria imagem. Aprisionado pelo fascínio por si mesmo, definha. Não há vida possível para além da vaidade e do desejo de si próprio. Ao se tornar realização do desejo de sua mãe, Nina paga um preço muito alto, deteriora sua personalidade até a psicose paranoica(estado psíquico no qual se verifica a perda do contato com a realidade e nas crises mais intensas apresenta alucinações e delírios associados a sensação de inquietude, angústia , perseguição e intensa incapacidade de reconhecer o carácter estranho ou bizarro do comportamento).



 
O filme deixa claro o amor da mãe pela filha , mas este amor é manifesto sob o crivo da doença, da loucura na qual ambas estão mergulhadas. Até mesmo a anorexia e auto flagelação de Nina são frutos das cobranças intermináveis de sua mãe.



Sem decifrar seu tumulto interior, o diretor do espetáculo a pressiona com frases como:”A única pessoa no seu caminho é você mesma”, “Você precisa vencer sua Nina interior”, “Liberte-se”, o que vai criando em Nina uma segunda pessoa. Aí entra Lily, uma jovem sensual e livre, que Nina não sabe ser. Ao mesmo tempo que Lily é uma possível adversária ao posto de estrela do espetáculo, também é sua única amiga no corpo de baile e o estopim das descobertas de Nina sobre si mesma. Na busca de viver o cisne negro, ela precisa entrar em contato com sua sombra e com tudo que lá habita. Porém, por estar tão distante deste lado de sua personalidade, acaba sendo tomada por por ele.



 
O filme é recheado de espelhos reais e simbólicos, de reflexos; o duplo contra o que Nina insistia em lutar. Os espelhos foram usados para mostrar do que Nina se defendia:dela mesma. Nina defendia-se da falsa bondade ou bondade a todo custo, inclusive ao custo de sempre ceder. Quantas vezes todos nós cedemos aos desejos alheios para sermos aceitos? Todas as vezes que dizemos sim a tudo, dizemos não a nós mesmos.



 
Quando a trama emocional se torna insuportável para Nina no desenrolar da apresentação, ela quebra o espelho do camarim e com um pedaço do mesmo, agride seu abdômen. A partir deste momento, dança de forma perfeita representando tanto o cisne negro quanto o branco e antes de morrer diz:”Eu senti... A perfeição. Foi perfeito!”.