terça-feira, 5 de março de 2013
Mata Atlântica na Paulista
Além de um grandioso polo econômico, com sedes de empresas, consulados, bancos, hotéis e hospitais, em dezenas de imensos prédios de concreto armado, a Avenida Paulista é também um excelente centro cultural e de entretenimento com várias escolas, teatros e museus.
Movimentam-se diariamente pela Avenida Paulista milhares e milhares de pessoas oriundas de todo mundo. Exatamente no meio de todo esse alvoroço, às vezes passando até desapercebido, localiza-se o Parque Tenente Siqueira Campos, chamado pela população paulistana de Parque Trianon. Com uma área de 48 600 m2, o parque divide-se em duas partes, que são unidas por uma ponte sobre outra movimentada rua da capital paulista, a Alameda Santos. É a única reserva remanescente da Mata Atlântica da região.
Chegou a ser, por muito tempo, numa época em que a região era considerada afastada do centro da cidade, ponto de encontro da elite Paulistana, que aos domingos o visitava em busca de tranquilidade. Em 1968, a partir de um projeto do paisagista Burle Marx, o parque passou por intervenções significativas e em 1981 foi tombado como patrimônio histórico e cultural pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo (Condephaat).
Passeando pelo Parque Trianon, o turista pode encontrar várias espécies nativas da Mata Atlântica, tais como: pau-brasil, pau-ferro, jequitibá, jatobá, embaúba, castanha do maranhão, paineira, canela, sapucaia, sibipiruna, guapuruvu, araribá, eritrina, quaresmeira, manacá da serra, juçara, jerivá e chichá.
Não é de se estranhar, que essa variada vegetação atraia as mais diferentes espécies de pássaros. Em um passeio pelo parque, não é difícil topar com: gavião carijó, urubu-cabeça-preta, quiriri, periquito-rico, alma-de-gato, João-de-barro, bem-te-vi, canário-sapé, cambacica, saíra-amarela, sabiá-barranca, sabiá-ferreiro e andorinha.
Em meio a tudo isso, pode-se encontrar, ainda, algumas obras artísticas, tais como a obra Fauno, de Victor Brecheret, esculpida em granito, em 1924 e a obra Aretusa, de Francisco Leopoldo da Silva, esculpida em mármore, em 1920.
É isto que gosto em São Paulo . . . a diversidade . . . o inesperado.
Publicado por DraftCraft app
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