segunda-feira, 25 de abril de 2011

SAUDADE FADISTA



Hoje acordei com muitas saudades de minha mãe.
Saudades de vê-la pintar quadros e porcelanas.
Saudades de sua comida, de seu sorriso e seu cheiro.
Saudades de sua integridade superior.
Saudades de sua voz, dos dias que animada cantava.



Como ter saudades de minha mãe e não lembrar de Amália Rodrigues?
Amália Rodrigues
Minha mãe cantava os fados  de  Amália, envolvendo-se em um chale, como a imitar este grande ícone da canção portuguesa; a fadista que nasceu no tempo das cerejas. Parece que ouço  minha  mãe agora:                          “...Amor que o vento
Como um lamento
Levou consigo
Mas que ainda agora
E a toda a hora
Trago comigo...”



Lembro que me contava que Amália esteve no Rio de Janeiro, em 1944, no Cassino Copacabana, em impressionante show.
Alguns dizem que roubamos Carmem Miranda, mas certamente quem roubou Amália dos patrícios foi o mundo.

Um comentário:

  1. Realmente, é impossível desmenbrar essas duas pessoas,mamãe e Amália Rodrigues.Obrigada por postar este assunto. Falei muito dela hoje ao conversar com as pessoas.Mas do que nunca a tenho viva nas minhas lembranças.

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